terça-feira, 31 de março de 2009

Lá vem ela.. a cultura..

Bem, teria muito sobre o que escrever.. pensar ou enumerar.. mas como acordei cedo para não ter aula.. isto torna-se tudo muito mais sinistro..
E tudo isto porque sucessivamente se sucedem acontecimentos sucedidos.. e isto não é mais do que a História..
E a História não é mais do que uma parte, uma pequena fatia, da cultura..

E é sobre cultura que me “apetece” escrever.. e não é um apetite só por si.. é uma necessidade, tendo em conta o estado actual das coisas..

Ora, não é novidade nenhuma, e já aqui falei disso.. os problemas e discussões que a construção do museu dos coches, num local ocupado por arquivos e biblioteca do IPA, que passarão para a Cordoaria Nacional, tutelada pelo Ministério da Defesa, para onde também deverá ser transferido o MNA (Museu Nacional de Arqueologia), tem gerado..

E isto não me parece uma simples birra e implicação..
E não o é. Se há quem não defenda um Novo Museu dos Coches, há quem defenda um Novo Museu. E nada nisto é contra um projecto de arquitectura. Tudo isto, para mim, é contra uma política cultural do executivo.. ou se quiserem contra a inexistência de uma política cultural..

Na realidade, nesta questão, a arqueologia, parece-me a mim, saltita como bola de ping pong e moeda de troca.
Vejamos..
O local a ocupar pelo futuro museu dos coches pertence ao Ministério da Cultura.
Os serviços do Ministério da Cultura que aí estavam vão passar para um local tutelado pelo Ministério da Defesa.
Ora, ao Ministério da Defesa é conveniente a saída do MNA (Min da Cultura) dos Jerónimos, para ampliar o espaço do Museu da Marinha (Min Defesa).
E, por fim, o projecto de construção do novo museu dos coches.. foi iniciativa .. do Ministério da Economia.

Na realidade, isto é uma salgalhada de grelos bastante grande.. É criar confusões entre ministérios, moedas de troca, e sim.. A arqueologia é a bola de ping pong.

- Era necessário um novo museu?
- A ser necessário um novo museu, deveria ser dos Coches? (ou não seriam outros mais adequados?)
- Não haveria outro local para estabelecer os arquivos da arqueologia nacional, se não num local do Min da Defesa?
- Não há espaço nos Jerónimos para os dois museus?

E poderíamos continuar por aqui fora com uma série de perguntas que prefiro deixar sem resposta..
E é a cultura uma coisa tão abrangente, mas tão heterogénea.. e com tão pouco dinheiro.. E andamos nós com lutas internas deste género.

Mas não são só as lutas internas.. porque há lutas internas dentro do universo “cultura”, mas também as há dentro do universo “arqueologia” – e não são assim tão poucas quanto isso..

As lutas também são externas.. ou se calhar não são lutas..
A semana passada, foi divulgada uma carta de Manuel Maria Carrilho sobre o estado da cultura, e na mesma verifica-se referência a um série de promessas e politicas que ficaram por cumprir deste executivo..

Em sequência disso, e num debate televisivo, a ex ministra da cultura dizia que o orçamento do MC era de 0,4% do Orçamento de Estado.. E o actual ministro, quando ocupou o cargo disse que pretendia fazer mais com menos dinheiro..

Há quem marque penaltys por percepção.. na cultura não há percepção possível.. Nem por muito fértil e imaginativo que alguém seja pode dizer que há uma boa política cultural..

Entretanto.. as responsabilidades culturais foram descarregadas na autarquia, quase como um camião de lixo se despeja numa lixeira.. A acção social, a responsabilização do estado foi ver passar as naus dos descobrimentos..

Mas bem, como o dinheiro é tão pouco, andamos sempre todos às turras.. Pouco para muitos..
Porque a cultura engloba Artes; Património; Literatura..
No fundo, tudo é cultura..
Mas ninguém lhe dá a devida importância..
E vai desvanecendo.. sucumbindo.. extinguindo..
E já ninguém se interessa, e ninguém vai quer saber..
E tudo isto vai passar à história..
Era uma vez ..

E tudo estava podre no reino da cultura portuguesa..
“Porque o presente, é todo o passado, e todo o futuro” (Álvaro de Campos)

Legenda:
1 - Ocupação romana junto ao Castelo de Alcácer do Sal.
2 - Localização de povoado castrejo em Viana do Castelo.
3 - Vista panorâmica. Parque La-Salette, Oliveira de Azeméis.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Música Perdida






Sentei à minha mesa os meus demónios interiores

falei-lhes com franqueza dos meus piores temores

tratei-os com carinho pus jarra de flores

abri o melhor vinho trouxe amêndoas e licores



chamei-os pelo nome quebrei a etiqueta

matei-lhes a sede e a fome dei-lhes cabo da dieta

conheci bem cada um pus de lado toda a farsa

abri a minha alma como se fosse um comparsa



E no fim, já bem bebidos demos abraços fraternos

copos bem erguidosbrindámos aos infernos

saíram de mansinho aos primeiros alvores

fizeram-se ao caminhosem mágoas nem rancores


Adeus, foi um prazer! disseram a cantar

mantém a mesa posta porque havemos de voltar.

Demónios interiores, Jorge Palma..


Querem um conselho? Façam isto.. andam por aqui muitos demónios.. e depois, eu é que era o Salazar.. St paciência..

terça-feira, 24 de março de 2009

Direito de resposta

Fiz aquele post para expressar a minha opinião, não foi para provocar ninguém.
Vergonha de ganhar assim? Não temos culpa dos erros dos arbitros.
Quando erram contra o meu clube não me ves aqui a mandar vir, nem ves a comunicação social a falar disso durante uma semana e a fazer debates.
Ja fomos prejudicados? Já, muitas vezes esta epoca. Tal como o sporting e o porto também.
Fomos beneficiados? Também já, tal como voces e como o porto.
Nem comentei a atitude do vosso jogador. Tenho a minha opinião, mas guardo para mim.
Se fosse ao contrário também ia ficar chateado por perder assim, acredita.

Só pa terminar, agradecia que não alterasses os meus post...
Queres comentar, tens local proprio para o fazer.
E vai chamar filho a outro lol

segunda-feira, 23 de março de 2009

E.. as previsões para amanhã..

Ora, conforme me foi solicitado, aqui deixo a minha previsão, que não é de signos, nem de tempo, mas sim dos acontecimentos que sucessivamente irão suceder amanhã na Flup.

Bem, vou partir do pressuposto que a Manifestação é do conhecimento de todos, e portanto, vou partir do inicio desta para proceder à enumeração do que se irá seguir ;)

Estando os alunos concentrados no portão principal da Flup, reivindicando o direito a um ensino gratuito, solicitando ao Estado que cumpra as suas funções sociais de garantir um ensino democrático e não elitista, empregando faixas e gritando palavras de ordem conta o RJIES, a passagem a fundação e o adorável processo de Bo(r)lonha (como já alguém me disse).

Nisto, eis que uns, mais exaltados do que outros; mais insatisfeitos..e já com planos profundamente elaborados gritam a palavra mágica; ou se preferirem a Grândola dos tempos modernos e.. isso desencadeava a ocupação da Faculdade..

E nisto, a faculdade era ocupada, as portas dominadas por pessoas que saiam de todos os locais..

Mas, como estamos em Portugal, a PIDE dos tempos modernos estava lá, e não tarda aparecia o exército, todos os compartimentos eram revistados.. De G3 na mão, abriam portas e gritavam “limpo”; ou procediam à identificação dos ocupantes, prontamente detidos, porque lembrem-se, antes do 25 Abril.. Nisto, eram também utilizados os ditos pastores (alemães, claro) sendo os mesmos usados na identificação e localização de drogas.. assim, quem não fosse preso por uma coisa, podia sempre ser pela outra..
Mas quem escapasse a estes meios, depressa assistiu à apresentação da queixa de mais um crime.. um sr todo poderoso, dirigindo-se para o chefe das operações dizia: Prenda-os a todos! Eles roubaram..fizeram plágio; fizeram falsificações.. de assinaturas..
E agora, quase que havia crimes para toda a gente..

Mas, eis que, no meio de tanta coisa, alguém corre em gritos pelos corredores da faculdade, a gritar: “Fui roubada, fui roubada” (eu, ou outra pessoa qualquer).. E isso, representaria um problema’ antes do 25 de Abril, não havia inseguranças e roubos.. Então, foi necessário perceber o que se estava a passar.. E alguém (tu, ou o chefe do exército) perguntaria “Então menina, mas o que é que se passa? O que é que lhe roubaram?” E eis que eu, ou outra pessoa qualquer responderia.. “Roubaram-me a taça!! Sim, a taça.” “Mas quem lhe fez isso menina? Há suspeitos? Sabe quem foi?” “Claro que sei, foi o Baptista.” “E como é que ele fez isso, também sabe?” “Sim, toda a gente viu, gravaram e tudo! Marcou um penalty!!”

E lembrem-se, como estamos antes do 25 de Abril, o Salazar é do Benfica : )

Brincadeiras à parte.. boas manifs!

domingo, 22 de março de 2009

O caneco é nosso...!!!

O HERÓI DOS ALGARVES =P




Sim, não era penalty.
A atitude do Pedro Silva: nem comento... Tanto com o árbitro, como depois de receber a medalha.
Querem dizer mal? Digam mal do Lucílio Batista. Ele é do vosso clube (SCP).
Não venham é botar culpas po Benfica, que não tem culpa nenhuma.

sexta-feira, 20 de março de 2009

O que me irrita no cinema português


Isto por aqui está muito parado... :) Até admira. Entre Dezembro e Fevereiro fizemos cerca de 120 posts... Portanto uma média de 40 posts/mês. Temos que voltar a esses tempos.

Moving on... Hoje decidi debruçar-me sobre os inúmeros problemas do CINEMA PORTUGUÊS. Por que razão é que ainda não temos sequer UMA nomeação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro?

Somos dos poucos países da Europa que não tem... Ou vejamos...




A verde escuro estão vencedores do prémio, a verde mais claro os que já foram nomeados para ele. Enfim... Dá para ver os poucos países que ainda não têm nomeações. E porque será?

Não me venham dizer que as condições do nosso cinema e do panorama de actores de Portugal não são boas - tão boas são que a TVI até se orgulha em dizer que produz novelas melhor que a Globo.

Temos portanto a França, a Itália, a Espanha, a Suécia, os Países Baixos, a Dinamarca, a Alemanha, a República Checa, a Suíça, a Hungria, a Rússia, a Áustria, a Bósnia-Herzegovina, a Polónia, a Bélgica, a Noruega, a Grécia, a ex-Jugoslávia (agora Sérvia), a Finlândia, a Islândia, a Geórgia, o Cazaquistão e a Macedónia - isto só falando de países europeus com nomeações.

Portanto... alguém consegue explicar o que se passa de errado com o cinema português? Talvez eu consiga.


As escolhas que são submetidas para consideração da Academia têm sido verdadeiros flops.

Em 2008 mostramos ostensivamente o regionalismo e festividade tipicamente portugueses (Aquele Querido Mês de Agosto), em 2007 submetemo-nos aos franceses e a Manoel de Oliveira (quando não temos filme decente para colocar a consideração da AMPAS mandamos Manoel de Oliveira e um dos seus filmes) com uma história deprimente de vingança por sofrimento passado (Belle Toujours), em 2004 com o ridículo filme de Miguel Barroso que fala de uma jovem que trabalhava num bordel lisboeta e que é introduzida à alta sociedade lisboeta por um senhor de grandes posses mas no entanto nunca deixa de ser perseguida pelo seu passado (O Milagre Segundo Salomé). Ao longo da década continuamos com escolhas inconsequentes como O Delfim de Fernando Lopes em 2002 (ano em que o México foi nomeado pela adaptação de uma obra PORTUGUESA, O Crime do Padre Amaro, numa performance excepcional de Gael García Bernal - que elevou a personagem de Amaro para outro nível - enquanto que o filme mexicano se preocupou com a história o filme português procurou a nudez, o sexo e a depravidão para dar show), Camarate de Luís Filipe Rocha em 2001 (um bom filme para os de cá mas sem interesse para os americanos), Tarde Demais de José Nascimento em 2000 e assim por diante.


Poucos anos têm sido bons para o cinema português. Nesta década, só 3 filmes fogem à regra: 2006 foi um grande ano para os filmes portugueses com aquele emocionado pai - Nuno Lopes - levado ao limite da insensatez com o rapto da sua filha (Alice), 2005 também não foi mau com o filme que tornou João Canijo a cereja no topo do bolo dos realizadores portugueses (entretanto despenhou-se com Corrupção, filme baseado no Eu, Carolina... agradeçam aos deuses por este não ter sido a nossa escolha em 2007), com um filme que fala na prostituição e no tráfico de mulheres durante o Inverno do interior português (Noite Escura). O cinema multilínguas foi palco de mais uma das nossas escolhas em 2003 com O Filme Falado, de Manoel de Oliveira, que era falado em cinco línguas - português, francês e inglês na sua maioria mas também grego e espanhol. John Malkovich, Catherine Deneuve e Leonor Silveira eram os protagonistas desta comédia de mau gosto que não encantou os portugueses - pena a deles porque eu recomendo que vejam este filme. É do melhor que Manoel de Oliveira já fez indubitavelmente.



Temos preferido usar a polémica e a controvérsia da forma mais errada possível.


Corrupção, O Crime do Padre Amaro, Second Life ou Zona J teriam sido excelentes filmes se abandonassem o pretenciosismo que lhes é inerente. O que é que pensamos quando falamos de Corrupção? Em Pinto da Costa. E naquela... Carolina (as reticências estão ali propositadamente para mostrar que é impossível não lhe darmos um nome feio logo ali). E em O Crime do Padre Amaro? Bem, Soraia Chaves nua! E em Second Life, o suposto «filme que toda a gente estava à espera»? Nada. Porque é isso que o filme nos deixa quando saímos. É um puro engano. Que tristeza. E Alice? Pensamos na história em que o filme se baseou na altura ou até mais recentemente pensamos em Madeleine McCain. Enfim. O povo português não foi feito para pensar.



As verdadeiras jóias que temos do cinema português não são preservadas e aproveitadas.


«Alice» é talvez o filme mais depreciado dos últimos tempos - ou talvez mesmo do cinema português inteiro. É comovente, bem feito, bem pensado, bem concebido, bem interpretado e bem editado. Até a banda sonora se adapta de forma melíflua. O que falta? A publicidade que Corrupção e Amaro tiveram a rodos.

Outro filme que me entristece de uma forma é «Amália». Que grande filme. E Sandra Barata, no papel de Amália, é sublime. E o filme foi o mais visto de sempre (toma lá Second Life!) de entre os filmes portugueses e não tinha nenhum dos grandes actores cinematográficos portugueses a brilhar (à la Nicolau Breyner). Quem é que concorda comigo que este é que devia ter sido a nossa escolha para a consideração ao Óscar? E já que não o aproveitaram este ano, que tal para a campanha de 2010? É possível de ser feito. Este filme esteve em cena pelo menos em Janeiro de 2009 e basta que seja visto nos cinemas nos Estados Unidos por uma semana para que possa ser considerado.


Só uma notazinha: «Gone Baby Gone» é um história muito semelhante à de «Alice», é um filme pior que o português e ganhou aclamação crítica e duas nomeações para Óscar. É baseado na história de Maddie. «La Môme» (ou La Vie en Rose) é o filme baseado na mítica cantora Edith Piaf e ganhou o Óscar para Melhor Actriz (Marion Cotillard) numa performance que não é maior e mais interessante que a de Sandra Barata, descontando o deglam inerente à pessoa que interpreta - Amália envelheceu mais ou menos graciosamente, ao contrário de Piaf. Não sei mas acho que isto quer dizer alguma coisa...



Em jeito de conclusão...
Eu acredito que seja possível salvar o cinema português. «Amália» deu um empurrão muito importante com 300.000 espectadores nos cinemas portugueses. É preciso continuar a apoiar o nosso cinema para termos hipótese de se fazerem filmes brilhantes, dignos da maior consideração que existe - o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro.

«A Corte do Norte», como já disse no meu blogue (www.therewillbecinema.blogspot.com), o novo filme de Canijo baseado na obra de Bessa-Luís com o mesmo nome, intriga-me. Parece muito bom. Vamos a ver. Outro que me parece fascinante é «Amor de Perdição» (que eu acredito que vai ser a nossa escolha para consideração ao Óscar - parece-me bem. Será desta? A crítica do Berlinale foi muito boa...)

Uma coisa é certa. O cinema português não pode voltar àquela fase em que só fazia porcaria. Não queremos mais «100 volta», «Second Life» e aí por diante. Que irritação!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Parque Molinológico em O. Azeméis

Parque Temático Molinológico será importante cartaz de promoção do concelho»

A afirmação é do vereador do pelouro do turismo da Câmara de Oliveira de Azeméis
O Parque Temático Molinológico, que é inaugurado esta sexta feira em Oliveira de Azeméis, será um «bom cartaz turístico e de promoção do concelho», afirma o vereador do turismo da autarquia.

«A nossa expectativa é que venha a constituir-se num pólo de atracção, estando reunido um conjunto de requisitos que podem potenciar que este seja um bom produto que Oliveira de Azeméis tenha para oferecer aos seus visitantes», diz António Rosa.

O projecto, promovido pela autarquia, está dotado de três núcleos que pretendem mostrar ao público todos os processos e infraestruturas que envolveram, no passado, a secagem, a moagem dos cereais e o fabrico do pão.

«O parque molinológico será uma importante razão para as pessoas visitarem Oliveira de Azeméis», assegura António Rosa.

O vereador do pelouro do turismo diz tratar-se de um projecto à volta do qual se procura preservar a identidade das padeiras e moleiros e o património industrial de uma actividade que tirou proveito da existência de moinhos de água na região, com predominância para as freguesias de Ul e Travanca.

«Em volta de uma realidade de séculos que fez uso dos vários recursos de água do concelho pareceu-nos importante promover um produto cultural e turístico que preservasse o passado de uma região, a sua história, a sua economia e a sua demografia», realça o autarca.

«O parque resultou, inicialmente, de um trabalho imaterial de recolha de todas as estruturas associadas à secagem e moagem de cereais e ainda de testemunhos de moleiros e padeiras e de todos os que viveram a experiência desta arte», assinala António Rosa.

A nível material foram recuperados conjuntos de moinhos, infraestruturas preponderantes na execução do projecto. O responsável do turismo destaca o Núcleo Museológico do Moinho e do Pão. Neste espaço, constituído por seis moinhos, procura-se recriar toda a história associada aos moinhos e ao pão de Ul.

«O visitante terá a oportunidade de ver ao vivo a moagem de cereais, a confecção do famoso pão de Ul e ficar a conhecer o conjunto de alfaias relacionadas com este tipo de artes e devidamente identificadas», explica António Rosa, adiantando existir ainda uma outra zona virada para a projecção multimédia sobre as recolhas de testemunhos dos vários agentes envolvidos no processo.

Outros dois núcleos, ainda em fase de desenvolvimento mas já a cumprir as suas funções, estão relacionados com a evolução da história da indústria do descasque de arroz e com a educação ambiental.

A ideia do parque molinológico é «preservar o passado» mas também aliar a este aspecto «vivências e experiências, no futuro, fortemente associadas com o pão de Ul», afirma António Rosa.

O vereador lembra a constituição, há dois anos, da Associação de Produtores de Pão de Ul (APPUL) destinada a preservar a qualidade do produto, a continuidade da produção e o seu carácter genuíno.

As III Jornadas do Pão, a realizar no dia 21 de Março, demonstram a preocupação de serem preservadas as especificidades deste produto e o seu futuro.

O Parque Temático Molinológico ocupa uma área de 28,5 hectares envolvendo a existência de três núcleos de moinhos, alguns deles recuperados pelos seus proprietários que desde a primeira hora se associaram ao projecto da autarquia.

A gestão do espaço será da responsabilidade de uma associação em que são parceiros vários agentes. «A Câmara quer agregar um conjunto de actores importantes para a dinamização deste espaço, trazendo cada um o seu contributo», sublinha António Rosa.


http://www.cm-oaz.pt/?lop=artigo&op=19ca14e7ea6328a42e0eb13d585e4c22&id=393c55aea738548df743a186d15f3bef

quarta-feira, 18 de março de 2009

r-r-r-r-r-r-r eterno..

Permitam-me que me atreva a uma parte da Ode Triunfal.. r-r-r-r-r-r eterno!
Porque em mim, continua a haver, sobretudo cansaço..

"Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar,
Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos,
Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar,
Engenhos, brocas, máquinas rotativas!

Eia! eia! eia!
Eia electricidade, nervos doentes da Matéria!
Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do Inconsciente!
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!
Eia todo o passado dentro do presente!
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!
Eia! eia! eia!
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!
Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me.
Engatam-me em todos os comboios.
Içam-me em todos os cais.
Giro dentro das hélices de todos os navios.
Eia! eia-hô! eia!
Eia! sou o calor mecânico e a electricidade!

Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!

Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!

Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá!
Hé-la! He-hô! Ho-o-o-o-o!
Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!"


Álvaro de Campos

sábado, 14 de março de 2009

Notas sobre a passagem a fundação, em seguimento de Millady ;)

Cara Millady,
Demais leitores :)

(Ia comentar isto em resposta ao comentário da anterior postagem, mas já que expressa a minha opinião face ao comunicado da Feup, decide por bem colocá-lo aqui..)

Atrevia-me a dizer que continuamos sem saber o que se está a passar.. e não somos só nós, porque parece que a questão também não é clara para o pessoal docente, que corre o risco de ver o seu posto voar para outras paragens.

Letras apesar da interrupção que teve nos tempos do Salas, foi sempre uma faculdade de prestigio.. Agora, atrevo-me a dizer que esse prestígio só pode ser referido quando da história da faculdade se trata..
É triste, mas é assim. É assim, mas é triste.
"Enquanto houver estrada para andar, a gente não vai parar" - temos é que andar depressa porque a estrada acaba já aqui..

Outra leitura que eu faço deste "comunicado" da Feup do mês passado.. bem, para eles, o regime fundacional vai dar ao mesmo, na realidade, são quase eles que se auto-financiam.. São uma faculdade retável e com lucros..
Agora, a não ser que os municipios se lembrem todos de estudar a sua história e arqueologia, já fomos..Entretanto, trabalhar com municipios exclusivamente às vezes é complicado.. Ainda se levanta outro problema, no caso da arqueologia, se se estender em demasia a área de uma faculdade em termos de intervenção, pode sempre haver uma bela duma empresa que diga que é contra as regras da concorrência, e isso era chatinho de facto..

E como a Feup não é a santa casa da misericórdia do ensino superior..
Acho que isto também nos deveria levar a outra discussão - acho que muitos de nós se cruzam já com isto.. todos temos alguém que pensa assim..
Qual o objectivo duma Faculdade de Letras?
No cenário da crise global actual, que importância têm as Letras?
Vale a pena remar contra a maré, as ditas "ciências exactas" e investir nas Letras?

Segue-se uma listagem dos cursos de licenciatura oferecidos pela Flup, talvez possam ser úteis na resposta a algumas destas questões..
Licenciatura em Arqueologia
Licenciatura em Ciência da Informação
Licenciatura em Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria, Multimédia
Licenciatura em Ciências da Linguagem
Licenciatura em Estudos Portugueses e Lusófonos
Licenciatura em Filosofia
Licenciatura em Geografia
Licenciatura em História
Licenciatura em História da Arte
Licenciatura em Línguas Aplicadas
Licenciatura em Línguas e Relações Internacionais
Licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas
Licenciatura em Sociologia

*

sexta-feira, 13 de março de 2009

Algumas informações sobre a passagem a fundação..

Lê-se num comunicado da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - ver em: http://site.aefeup.pt/uploads/documents/0000/1001/comunicado20090207.pdf

A passagem da Universidade do Porto para uma Fundação Pública de Direito Privado vai permitir à mesma,
através de um contrato programa com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, proceder a um
conjunto de operações que compreendem:
a) reforço das infra-estruturas e equipamentos, científicos e de ensino;
b) reforço de meios humanos qualificados;
c) medidas específicas de apoio aos estudantes.
Permite ainda, adoptar um modelo de governo e de organização capaz de responder agilmente aos
desafios da competição internacional, nomeadamente:
a) uma maior capacidade para a realização dos seus planos estratégicos, facilitada por:
◦ não sujeição às mudanças anuais das políticas orçamentais do governo,
◦ financiamento através de contratos plurianuais com o Estado segundo objectivos de
desempenho,
◦ uma gestão mais simplificada dos saldos de cada ano,
◦ gestão autónoma do imobiliário da Fundação;
b) uma maior capacidade para contratar os recursos humanos essenciais à realização das suas apostas
num ensino e numa I&D internacionalmente competitivos;
c) induzir uma maior e melhor cooperação entre a Universidade do Porto e as suas instituições
privadas sem fins lucrativos de Investigação e Desenvolvimento ou aquelas em que participa;
d) a possibilidade do recurso ao endividamento para melhorar a qualidade e o portefólio das ofertas
de ensino e de I&D&I, bem como das condições de vida no campus;
e) possibilidades acrescidas de obtenção de financiamentos complementares, para as actividades de
ensino e I&D, através do compromisso dos curadores para angariação de doações, patrocínios e
outras formas de apoio financeiro;
f) um maior reconhecimento público nacional e internacional da Universidade do Porto, com reflexos
muito positivos na sua imagem e prestígio.

No que diz respeito ao Acesso e Ingresso ao Ensino Superior, ao Regime de Propinas dos Estudantes e à
Acção Social Escolar o regime fundacional não trará modificações, sendo que, já está assegurado na lei
que:
1. “As instituições de ensino superior públicas de natureza fundacional seleccionam os seus
estudantes através dos critérios e procedimentos fixados na lei.”
2. “O regime de propinas dos estudantes das instituições de ensino superior públicas de natureza
fundacional é o fixado pela lei que regula esta matéria no que se refere às instituições de ensino
superior públicas.”
3. “Os estudantes das instituições de ensino superior públicas de natureza fundacional estão
abrangidos pela acção social escolar nos mesmos termos dos estudantes das demais instituições
de ensino superior públicas.”
Através dos novos estatutos da Universidade do Porto é dada uma real importância aos estudantes, pelo
que as Associações de Estudantes são vistas como parceiras privilegiadas na prossecução da missão da
Universidade do Porto e serão sempre ouvidas em todos os assuntos que sejam do interesse dos
estudantes.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ensino "Superior" "Público"

Hoje, o meu dever cívico ditava que falasse dos mais recentes desenvolvimentos universitários, oliveirenses e arqueológicos..
Mas o que há em mim é sobretudo cansaço..

Mas bem, vamos aos desenvolvimentos universitários, sem dúvida, os mais relevantes do dia de hoje..
O ensino “superior” “público”
“Superior” – as sistemáticas queixinhas com que nos temos cruzado em arqueologia invalidam que se apelide de superior. Destas coisas, só me lembro acontecerem na escola primária, e mesmo ai, não era com o espírito de lixar ninguém.. simplesmente havia uma música do género “Acusa Pilatos vai à fonte e come ratos!”

“Público” – porque os conceitos mudam, os planos de estudam mudam, mas nós já lá estamos, e não há muito mais a fazer.. Passamos a fundação.. público-privada.. Sim, vamos ser geridos como se fossemos uma empresa.. na busca do auto-financiamento (impossível nas letras), do lucro.. E numa empresa, o sector que não dá lucro, fecha.
Dia 24 Março temos Manif.

Este “Estado” descarta-se de todas as suas funções.. privatiza.. demite-se e delega a arqueologia nas autarquias e empresas; a saúde em parcerias público-privadas.. e o ensino, sim, o ensino, aquilo que forma os Homens do futuro.. nas mãos de privados, cedendo a politicas economicistas, estatísticas..
Apliquem Bolonha, o regime das fundações, já agora, transformem as Universidades todas em Novas Oportunidades, cursos de três meses, com cópias de textos e história de vida.
Enfim.. vamos dizer que somos cultos, temos pessoas bem formadas..
Vamos ler os livros todos que os professores pedem então.. para cadeiras que eram anuais e com Bolonha passam a semestrais..
Vamos estudar a matéria toda antes de termos as disciplinas, porque é isso que se espera de alunos aplicados então.. temos que ser nós a investir na nossa formação.. esqueçam lá sanidades mentais e vidas privadas..

Enfim.. como já alguém disse hoje “Se não me virem por aí, procurem-me na prisão”..

*

terça-feira, 10 de março de 2009

A criação do Naup (Núcleo de Arqueologia da Universidade do Porto)

Bem, como se devem ter apercebido, já de há uns tempos para cá que não me dedico claramente a debater questões de arqueologia. Sendo que as ultimas vezes que isso sucedeu, foram apenas ligeiras referências aos temas, não me prolongando muito nas minhas abordagens.
Bem, a única explicação para tal facto, apenas o meu “cansaço”.

Hoje, vejo-me obrigada a retomar isso, o motivo, a criação do Naup.

Sim, de facto, verificava-se alguma necessidade de criar um organismo que fizesse uma ligação entre os alunos de arqueologia e o resto do mundo.. tendo em conta que a arqueologia é um mundo ligeiramente diferente de cursos ligados a línguas e coisas que tal..

Portanto sim, considero o projecto de utilidade para todos.
Antes de me referir concretamente ao que se passará amanha e a moção da lista apresentada, devo antes de mais esclarecer (não vá alguém alegar o “falas falas mas não fazes nada”) o motivo pelo qual não me envolveria assim de repente em tal projecto.. considero que a fazer-se, não seria linear, e portanto, seria necessário empreender muito esforço, dedicação e responsabilidade.. é necessário gostar-se muito, ter-se noção das responsabilidades e das implicações que este tipo de organizações tem, no imediato e no futuro.
Não me parece que o âmbito destas organizações se fique por uma ponte entre alunos de arqueologia – associações de estudantes – professores e directores. Se criamos e queremos a todo o custo investir na arqueologia, o âmbito destas organizações tem que se alargar, perceber o papel da arqueologia numa sociedade; nos municípios e nas empresas.
Mas exige muita coisa, e tenho dúvidas se o esforço valeria a pena. (discurso pessimista, mas pronto, é o meu).

Ora, há coisa de 15 dias, foi-nos comunicada a criação do dito núcleo e divulgada a sua pagina na internet. Amanha, pelos vistos, há eleições.
Suponho que a divulgação e o conhecimento de tal coisa passou ao lado de muita gente. De qualquer das formas, não é por desconhecimento que as eleições não se vão realizar.
Quem não estava envolvido no projecto inicial, e se quisesse candidatar, adios’ porque não me parece que tenha havido tempo para quem quer que fosse organizar uma candidatura (para alem dos srs que se dedicaram à criação do dito cujo).

Bem, enfim.. adiante disso.. apresentação de uma lista às eleições .. a lista P..
Divulgação de tal coisa, vi hoje depois de receber um e-mail dinâmico a dizer que ia haver eleições. O programa, bem.. assusta-me ligeiramente..

Antes de pensarmos em passear e coisas que tal, eu diria que era necessário pensar em aplicar melhor Bolonha ao curso. Parece-me que isso falhou. Cada avaliação para seu lado.. não sei, parece-me que haveria outras prioridades..
Claro que as visitas são importantes para a formação académica.. se há departamentos que até conseguem dinheiro para autocarros, o nosso já não, e temos que lidar com isso, num panorama de crise global..
Preferencialmente, acho que a prioridade passaria por adaptar melhor Bolonha. Perceber o que está mal, o que falta e tentar melhorar as coisas que possam beneficiar também as gerações vindouras para este curso..

Festas para socialização? Não me parece que seja preciso um núcleo de arqueologia para as organizar!
Mesas redondas e conferências? Já não as há?

Escavações faltam sim, mas a integrar, deveriam ser integradas como componente lectiva. Quem raio são os arqueólogos que não são avaliados pela forma como escavam? Que Arqueologia do Futuro…

E poderíamos andar nisto mais não sei quanto tempo.. talvez volte a isto.. mas agora, o cansaço regressou..

*

Ápio não se recandidata - autárquicas azeméis

Noticia online - http://www.jornalregional.com/?p=cfcd208495d565ef66e7dff9f98764da&distrito=&concelho=&op=noticia&n=7973837b20ffecf2352e78f679e131ed

>PSD terá de encontrar candidato às autárquicas
Ápio Assunção não se recandidata

Ápio Assunção não se recandidata à presidência da Câmara Municipal. O presidente da Câmara alega razões de saúde e familiares para deixar a vida política activa. A decisão já foi comunicada aos órgãos locais do partido.

Ontem, quer os colegas de executivo, quer a comissão política concelhia do PSD foram informados de viva voz por Ápio Assunção que não se recandidataria a mais um mandato à presidência da Câmara Municipal. O ainda presidente foi claro: “Não tenho condições para continuar, quer por razões de saúde, quer porque passei muitos anos afastado de uma família e de uma esposa. Não posso manter esta situação”, reconhece.
“Que os oliveirenses me desculpem por tomar esta posição, mas estou muito grato por tudo o que fizeram por mim. Continuarei até ao último dia em que tiver responsabilidades a honrar o meu nome e o de Oliveira de Azeméis. Nada mudará durante este período”, confessa Ápio Assunção.
Na hora em que anuncia a retirada no final do actual mandato, Ápio Assunção não tem dúvidas: “Deixo, inegavelmente, uma das maiores obras de sempre. A Câmara é uma referência a nível nacional, há quatro anos avaliada pelo SIADAP, com funcionários convidados pelo Governo para apresentarem a modernização administrativa, em que somos pioneiros; temos mais de 50% dos serviços certificados pela APCER, a maior entidade certificadora do país. A certificação foi a chave da mudança, deu uma outra abertura. Descentralizámos o trabalho com as juntas, celebrando protocolos, caminho que julgo ser o mais correcto”.
Na eventualidade de ser acusado de abandonar o barco deixando uma pesada dívida, Ápio Assunção foi taxativo: “Na vida todos nós nos endividamos. Oliveira de Azeméis precisava de uma sacudidela, que foi dada e de forma superior ao que muitos julgavam”. Aponta obras como a ludoteca, a biblioteca municipal, o arquivo e as piscinas, em fase final de adjudicação dos arranjos exteriores, “uma obra reconhecida, de referência e de grandes inovações que, por isso, até já foi visitada pelo secretário de Estado do Desporto”.
Quando abandonar a vida autárquica, Ápio Assunção assume que não se afasta da vida política. “Afastar-me-ei do exercício de cargos, mas continuarei militante”. Questionado sobre quem dentro do PSD lhe deveria suceder, referiu: “Poderei aconselhar amigos à comissão política. Quem vier para cá pode inicialmente contar comigo, porque a gestão das câmaras é totalmente diferente do que era há 20 anos. As obrigações, a forma de gerir e as responsabilidades são maiores”.




O meu comentário face é isto.. sabemos quem é a candidata do PS, sabemos quem não é o candidato do PSD..
Eleições autárquicas no final do ano, aguardam-se anciosamente (por mim ahahha)
*

Delírio! Jorge de volta!

Ah ah ah... Nem por isso :D

Mas bom... exames arrumados, trabalhos entregues e a vida volta ao normal...

E o louco por cinema e por bola está de volta... ;)

Esperem imenso falatório da minha parte nos próximos dias... Tenho imenso que me queixar...

Vejamos só alguns exemplos:


- FC Porto: 1 pénalti por jogo vai dando vitórias; Pinto da Costa sai como herói, Carolina como rameira barata (só em Portugal)

- Sporting: vergonha... de treinador, de presidente, de jogador (sim Miguel Veloso estou a falar de ti!), de equipa (5-0 do Bayern de Munique mais 5 do Barça e 5 do Real... Os 3 que por acaso perderam com o Atlético Madrid esta temporada... rss rss)

- Crise na educação: já nem o ensino universitário se salva!

- Bolsas na UC: Qué sé passa?

- Cinema: previsões com um ano de avanço (A Pitoca por esta altura já deve estar a arrancar cabelos), tops 20 (actores, actrizes, filmes...)

- Televisão Portuguesa: top 10 dos abortos na TV nacional, de Merche a Isabel Angelino (xD)


E muito, muito mais... fiquem atentos, sim? :D

domingo, 8 de março de 2009

Esta semana..

Atletismo
*No europeu de atletismo – medalha de ouro para Rui Silva, nos 1500 m.
*Medalha de Prata para Sara Moreira nos 3000 m.

Ciclismo
*Corre-se o Paris-Nice, Contador vence 1ª etapa.

Hóquei em Patins
*Oliveirense eliminada da taça pelo Limianos, já apelidado “tomba gigantes” da competição.

Futebol
*Liga Vitalis – Oliveirense 2 – 0 Boavista. Pois é, dois pontos separam as duas equipas a lutar pela manutenção. 9 jornadas para o fim, ainda é possível! ;)

*Liga Sagres – tudo na mesma com as vitórias do Sporting, do Porto e do Benfica.

*Luto por Afonso Tiago. Corpo do investigador oliveirense apareceu, esta semana, no rio, em Berlim.

*Oliveira de Azeméis – programa do Ciclo Primavera apresentado. Queima das Fitas; 25 anos elevação a cidade e Festival da Juventude (a apresentar na próxima quarta-feira.) Ver postagem futura, espero eu..

*E finalmente, todas as notas cá fora’ agora sim, o 1º semestre foi à história.. (sobre notas.. ver postagem anterior..)

*

WATCHMEN... fantástico

The accumulated filth of all their sex and murder will foam up about their waists and all the whores and politicians will look up and shout 'Save us!' And I'll look down, and whisper 'No.'

Rorshach

Notas, avaliações e notas..

Bem, depois de uma ligeira pausa nas minhas temíveis “reflexões”, o assunto sobre o qual me decidi debruçar não é propriamente bonito, interessante ou engraçado..

A questão da avaliação… Agora muito discutida com a contestação dos professores (mas não foi isso que me trouxe aqui)..
Sabemos nós que quase todas as profissões são, nos dias que correm, alvo de avaliações por parte das entidades superiores da instituição em causa..
Nessas avaliações, normalmente, há um número limitado e restrito de boas notas a atribuir. Imaginemos num universo de 25 funcionários, poderiam apenas ser atribuídos 3 níveis de Muito Bom..
Nesse caso, os diferentes avaliadores teriam que pensar numa nota para um funcionário, mas depois.. na junção de todas as notas, haveria demasiados Muito Bons... Independentemente do desempenho do funcionário, teria que haver uma remoção de “boas notas”.. Aí, dependendo de quem tivesse que desempatar a situação, os critérios poderiam ser distintos.. incluindo a adorável máxima portuguesa do efeito C, ou coisas que tais..

Justiça das avaliações e critérios para as mesmas estariam sempre, neste caso, condicionados ao “número de vagas”.. Não me parecendo esta situação justa, passemo-la para outra área..

O ensino..

Ora, no ensino – alunos, a avaliação é o culminar de períodos de trabalho e esforço (ou não), e deveria exprimir essa situação, no entanto, nem sempre é assim que as coisas funcionam..

E, que eu saiba.. não há, nesta área, um “número de vagas limite” para a atribuição de determinadas notas..

Ao longo do nosso percurso escolar, a avaliação é, sem dúvida, um aspecto que muito interfere e condiciona a postura do aluno..
São muitas as injustiças, e quem por lá passou sabe do que falo.. No básico, por muito insignificantes que sejam as notas (entenda-se insignificantes no sentido da sua interferência directa a nível de futuro dos alunos), ninguém gosta de ter um 4 e ver que um colega qualquer teve 5, porque era o “menino(a) lindo(a)” do professor..
Estas situações vão gerando alguns conflitos entres os colegas, entre alunos e professores, mas.. aguentam-se..

Quando chegamos ao Secundário, é acima de tudo fomentado um objectivo (para quem pretende continuar os estudos e tens as situações bem definidas): trabalhar para uma média.
E aí, as coisas começam a ter um cariz bastante mais implicativo em termos de futuro.. Havendo cursos em que se entra, porque toda a gente entra; há outros em que as coisas não funcionam assim..
Os conflitos agravam-se, existem recursos que muitas vezes não são utilizados porque os professores podem ser os mesmos no ano seguinte e a situação iria complicar-se..
As notas são cruciais e vão condicionar o futuro.. há as injustiças claras, os favores, os benefícios mas, também há afirmações como “O 20 é para Deus; o 19 é para mim, e eventualmente o 18 é para o aluno” – tive um professor que dizia isto..
E ao ouvirmos tal coisa, bem, mais vale pensar em não trabalhar, porque entre um 9 e um 10 sempre se arranja alguma coisa para passar o aluno – o típico desenrasca.. Mas nos patamares mais acima há claramente um limite bem definido que nunca se alcançará.
Também há casos em que os Srs Profs fazem coisas muito bonitas como, por exemplo, dar notas ao “acaso”, tendo em conta que há elementos de avaliação em cujos olhos deslizam vagamente e depois, a nota.. o conteúdo do dito cujo elemento, bem, isso, não é o importante..

E daqui também surgem aquelas divergências e conflitos como havia em Oliveira entre duas escolas secundárias.. Numa não havia limite de notas, 18, 19 e 20.. na outra, um 16 era quase um 20.. E é assim que se selecciona quem entra no ensino superior..
E quantos não foram os que mudaram de escolas por este alegado facilitismo..
De qualquer das formas, há ainda uma vantagem no secundário, é que os professores são obrigados a divulgar as notas dos diferentes elementos de avaliação..
E destas situações se faz o ensino, cada vez mais, influências no futuro..

Quando chegamos ao ensino superior, pensamos que essas coisas acabaram, porque os professores nem nos conhecem, não sabem quem somos, nem quem são os nossos pais (às vezes..)
Mas, as histórias voltam a repetir-se.. Os elementos de avaliação não lidos, cujas notas são dadas “ao acaso”.. As injustiças nas notas, comparadas com os outros.. Os LIMITES, esses sim, muito bem definidos.. e, atrevia-me a acrescentar, a falta de transparência de todo o processo avaliativo.
E acho que não preciso de ser muito explicita quanto à importância das avaliações nesta fase da nossa formação.. tendo em conta o que vamos fazer no futuro, independentemente de pensarmos em mestrados e doutoramentos ou apenas no mercado de trabalho..
Bem, agora as coisas dividem-se ligeiramente, ou temos avaliações continuas ou apenas exames..
Nos exames, há uma nota e fim da história..Não há muito por onde se lhe pegar.. Se bem que há quem corrija exames em meia tarde e quem demore um mês.. A teoria de dar notas ao acaso..

Bem, nas questões das avaliações contínuas.. Nunca, na minha curta vida académica, vi divulgadas as notas dos vários elementos avaliativos, sejam testes, apresentações, trabalhos ou relatórios, nunca nenhuma nota foi divulgada sozinha.. o bolo, aparece no fim do semestre debaixo da alçada da classificação final.. o resto.. chapéu..
Também há as regularidades, em alguns professores, quase mais de metade dos alunos a terem a mesma nota, ou uma variação entre duas notas.. Seremos todos iguais?

Enfim, também há aquelas alterações de normas avaliativas a meio dum semestre.. Não me perguntem é se é legal ou não.. acrescentar elementos com uma semana de “antecedência”.. fazer uns trabalhos manhosos que alegadamente contam para a avaliação mas que no fim de contas, não contam..
Bem, e para finalizar, aquelas considerações e revelações que eu acho ligeiramente desadequadas por parte de alguns docentes..
“Se foram ali à Faculdade de ____, eles são muito mais exigentes e as não têm 17 e 18. Eu bem gostava de perceber como há quem, nesta faculdade, dê notas dessas, 16,17, 18 e 19.” (Comentário – o 20 nem existe.. Não seriam os docentes a estabelecer os graus de exigência das suas disciplinas? Ou lá por ser a mesma faculdade podemos generalizar?..)
Na prática, depois vemos estes comentários aplicados, as notas de Deus, aqui são os 16, e têm número limitado, 2 ou 3..

Bem, começo definitivamente a achar que entre a hipótese de haver uma grande aplicação do aluno ou uma pequena.. A pequena é de facto a melhor.. Na maioria das vezes, obtém-se classificação positiva, a disciplina fica feita, não dá trabalho e ninguém se chateia..

Só não sei é como quem tem telhados de vidro.. atira tanta pedrinha pró ar..
Qualquer dia, não são só os azulejos da Faculdade de Letras que caem.. Este ensino superior já não tem salvação possível..

(Espero eu.. que este discurso não seja generalizável aos outros cursos, faculdades e universidades..)

Na realidade, a justiça de notas, a transparência das avaliações.. não sei’ mas nunca de tal ouvi falar..

*

terça-feira, 3 de março de 2009

Ora, e o desporto..


Ora.. aproveitando uma larga, grande ou gigante pausa entre aulas, e já que o Sr Jorge acha piada quando a minha pessoa fala de desporto.. Já que o Pedro foi de férias e só cá vem dizer olá de vez em quando..
Considerando ainda que o Novato diz que eu me esqueci de falar do 5-0.
Tendo ainda em conta o meu cansaço face à nossa adorada arqueologia..

Voltemos a falar de desporto.. lol

E faz hoje 20 anos que Portugal conquistou o mundial de juniores, na Arábia Saudita.
E Varela vai pró Porto.
E Vicente Moura foi reconduzido no COP.
E hoje, há taça de Portugal.
E, há julgamento do Srº Pinto da Costa, o caso do “Envelope”.
E, finalmente, os três grandes somaram prejuízo, grandes prejuízos.

Ora a questão do Novato Bayern 5 - 0 Sporting..
Não havendo muito mais a declarar para além do resultado esmagador.. Não me parece a mim que alguém tenha jogado definitivamente Muito Bem .. ou alguém tenha jogado definitivamente .. Muito Mal..
São jogos..

O Nulo no dérbie, os árbitros e companhias limitadas..
Não vale a pena andar aqui, a esta bela hora, mandar vir com os cartões todos que ficaram no bolso.. Também não iam, aqui, ser os meios informáticos a ajudar o árbitro, é tudo uma questão de usar os olhinhos'

Tour do Quatar, 2007


Retomando as questões velocipédicas..
No meio disto tudo, já começou e acabou a Volta ao Algarve.. O vencedor, Alberto Contador.
No meio disso, Tiago Machado afirma que os Estrangeiros, têm a mania que são donos do pelotão - a propósito duma queda que deu algures na Volta ao Algarve.
Entretanto, relembrar o patrocionio do Sporting, a uma equipa de Sub-23.. Possíveis investimentos futuros em elites aguardam-se.
Na Volta à Califórnia, Leipheimer vence e Armstrong foi 7º classificado.
A taça Sub-23, a decorrer, era ontem lidarada por Ivo Fernandes, do Sporting.
Agora.. o assalto à casa de Zabriskie, terá rendido cerca de 117 mil euros - e isto cruza o desporto e os assaltos'
Na mesma altura em que isso sucedeu, algumas bicicletas da equipa Astana tinham sido também roubadas no decorrer da Volta à Califórnia..
O acto ilícito de Cabreira, a alegada viciação de amostras.. Não sei'

E já chega de conversa desportiva ;)

*

domingo, 1 de março de 2009

E o desporto..

Pois bem.. já que os srs do desporto meteram férias..



*Roubada a medalha de prata de David Zabriskie, num assalto à sua residência..



*João Cabreira suspenso. Em causa o campeão nacional de 2008.



*Hóquei em Patins - Oliveirense conquista o segundo lugar.



*Futebol - Oliveirense empata a um com o Varzim, mantendo-se em zona de despromoção mas aumentando a distância para o Gondomar que perdeu (2-1) com o St Clara e diminuindo para o Boavista que, se não me engano muito, perdeu 4-1 com o Olhanense.



*Nulo no dérbie FCP-SCP.